windsong

Depois de muito tempo, sonhei.
Um sonho curto, mas claro, intenso:

"Mas que dia é hoje...?", pensei, abrindo lentamente os olhos. "Ah! É dia 8... Dia 8? Foi um dia ruim... 8 de quê? De abril? Ah... É o Lollapalooza! Mas... Mas já? Já é hoje?"
Encontro-me em um enorme lugar a céu aberto. O dia, nublado o máximo que o céu permitia-lhe, tinha um sopro gelado. Não me lembro de muito senão concreto, umas poucas pessoas, e a Karen. No meu campo de visão, na maior parte do tempo, havia apenas o céu.
"Karen! Vamos lá, ver os garotos."
"Quem? ELES?"
"Ué... Sim. É um dia especial."
"Tem certeza? ELES? Eu não quero."
"Mas... Por quê?"
"Eles, Letícia? Eles?"
"..."
Não era a Karen que conheço, logo percebi. Quem, então, é ela?

Sei a reposta, e você, também; isto é, se quiser saber.

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Tão curto post para que se faça outro. Aproveito para anexar a outro post curto: tirei meu maldito aparelho interno.
Já fazia tanto tempo que eu não me sentia tão feliz. Feliz, feliz de verdade. Feliz de sorrir à toa, feliz de sentir o mundo, feliz de se sentir viva, capaz de tudo. Feliz, simplesmente feliz. Uma felicidade que jamais entenderiam, portanto jamais podia compartilhá-la, mas uma felicidade sincera.
Eis o que Machado de Assis chama "felicidade barata". Sim, é uma felicidade muito, muito barata. E não menos sincera. Ah, a sedução da felicidade; lembrei-me porque as pessoas a almejam tanto. É, de certo, tentadora e deliciosa; quase voluptuosa. Intoxicante. Não desprezo-a, pelo contrário; sou mais uma de suas apreciadoras.
Mas não, não é o suficiente por mais do que momentos. Dizem que nada é; discordo porém. Mas não desta.

"Felicidade barata."